quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Merten do Estadão elogia Cláudia Assunção

Na entrevista, Luiz Carlos Merten fala sobre os filmes vencedores do festival em São Paulo. Aos 4 minutos ele fala sobre o Sol do Meio Dia e fica clara sua opinião sobre a atriz Cláudia Assunção.
"O Filme narra a história de 3 personagens interpretados por Chico Diaz, Luiz Carlos Vasconcelos e uma atriz de teatro estreando no cinema, Cláudia Assunção, os dois foram melhores atores no Rio, ela, injustiçadíssima deveria ter levado o prêmio de melhor atriz mas não levou."

Quem quiser assistir a entrevista na
íntegra, é só clicar no vídeo

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sol do Meio Dia no O Tempo

"O prêmio de atriz ainda foi pior. Nada contra Nanda Costa, que é talentosa - ela venceu por "Sonhos Roubados", de Sandra Werneck, que também recebeu o Redentor de melhor filme do júri popular -, mas a indiscutível melhor atriz foi outra estreante, vinda do teatro, Cláudia Assunção, de "O Sol do Meio-Dia". Chico Diaz e Luiz Carlos Vasconcelos dividiram o prêmio de melhor ator pela atuação no mesmo filme, dirigido por Eliane Caffé.


Sol do Meio Dia: Brilhante!

Por Daniel Russell Ribas
06/10/2009

O sol do meio dia é maravilhoso. Talvez o melhor filme da diretora Eliane Caffé. Com certeza, um dos grandes lançamentos brasileiros de 2009. A exemplo de suas obras anteriores, a diretora é responsável pelo roteiro ao lado do dramaturgo Luiz Alberto de Abreu. O texto é usado como ponto de partida para uma investigação de personagens, brasilidade e o uso do ambiente como parte essencial para o andamento do filme e os desempenhos dos atores.

A premissa envolve Arthur (Luiz Carlos Vasconcelos). Após ser libertado, ele decide ir para Belém. Ele pede para o barqueiro Matuim (Chico Diaz) pra levá-lo em troca de trabalho. No caminho, cruzam com Ciara (Cláudia Assunção). Mais do que trama, é a interação entre os homens e, posteriormente, com a mulher que servirá como elo condutor do filme.

Como em seus filmes anteriores, a diretora mostra o interior do Brasil (neste caso, a região Norte) com bastante propriedade e beleza. Mesmo as cenas urbanas, como em Belém, são filmadas de forma quase lírica, contemplando a movimentação dentro do ambiente. A fotografia é composta dentro dessa junção psicológica entre o lugar e o personagem. O personagem de Vasconcelos permanece em locais escuros ou com sombra, enquanto Diaz está sempre iluminado, em conjunção com os excessos e animação de Matuim.

Os atores estão perfeitos. Vasconcelos passa com o olhar o desespero de Arthur. Seu personagem é um sujeito atormentado, horrorizado com a violência que é capaz e em busca de um recomeço. Ainda assim, mostra ternura e é sincero em suas boas intenções. Com uma atuação minimalista, Vasconcelos transmite com perfeição a complexidade do introspectivo Arthur. Assunção, como outra pessoa que resolve recomeçar, é doce e fragilizada na medida que a personagem exige.

Uma surpresa é o desempenho de Chico Diaz. Ator veterano e mais do que competente, ficou marcado por personagens sérios e intensos. Aqui, tem a chance de mostrar que é também ótimo em comédia. Alvo frequente de piadas e abusos por quase todos os personagens que cruzam seu caminho, Diaz compõe seu anti-herói como uma criança em corpo de adulto. É a oportunidade de mostrar um excelente timing cômico e fazer uma ótima dupla com Vasconcelos. Como os grandes clowns, ele é hilário e comovente na mesma medida. Seu Matuim é uma figura tragicômica: patético, mas sem a menor ideia disso até o final. Uma surpresa de um ator que não surpreende com a realização de mais um trabalho de qualidade inquestionável.


O sol do meio dia
comove e entretém. Muito bom.

Premiere Brasil

O SOL DO MEIO DIA

Brasil, 2007. 106 min.
Direção: Eliane Caffé
Elenco: Luiz Carlos Vasconcelos, Chico Diaz, Cláudia Assunção, Ary Fontoura

As apostas dos críticos do Estadão

O SOL DO MEIO-DIA: Triângulo como o de Cidade Baixa transposto para a Amazônia. Eliane Caffé reinventa o roteiro e a mise-en-scène, improvisando o próprio filme com os atores. Chico Diaz (foto) e Luiz Carlos Vasconcelos foram melhores atores no Rio. Uma injustiça que Claudia Assunção não tenha sido a melhor atriz.


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6ª Mostra Curta Pará exibe produções premiada

Uma câmera na mão (daquelas domésticas, mesmo) e umas ideias na cabeça. Depois do boom tecnológico e do barateamento dos equipamentos de vídeo nos anos 2000, filmar deixou de ser um bicho de sete cabeças, com aquelas produções grandiosas e elenco de estrelas. Com o surgimento de sites como o Youtube, a prática acabou se tornando ainda mais comum. Os filmes de curta-metragem passaram a ser mais populares e acessíveis, encontraram sua linguagem específica e seu público cativo.

Primeira experiência para muitos diretores hoje conhecidos, o filme curtinho, com orçamento menor e sem grandes dores de cabeça de pós-produção, ainda esbarram, porém, na dificuldade de distribuição e exibição. As salas comerciais estão longe de exibir esse tipo de produção audiovisual. A maneira encontrada por produtores, então, para que esses filmes chegassem até os espectadores foi a criação de mostras e festivais – que cresceram e se multiplicaram na última década – em diversos cantos do país.

Consolidando-se como uma das mostras de curtas no cenário nacional, começa hoje em Belém, a 6ª Mostra Curta Pará Cine Brasil – que se diferencia por trazer os filmes já premiados em outros festivais. De hoje até dia 24, no Cine Olympia, a mostra vai exibir curtas feitos por realizadores brasileiros, além de um longa-metragem. Ao final da exibição, o público é quem escolhe o melhor da mostra competitiva.

Este ano, a premiação em dinheiro da mostra competitiva será dada ao vencedor da categoria Júri Popular. Aquele que cair no gosto do povo é quem vai levar o valor de R$1.000. “O público é quem justifica este projeto. As edições anteriores sempre tiveram casa cheia, o público comparece mesmo e isso é o que valoriza o nosso trabalho”, diz a organizadora e idealizadora da mostra, Márcia Macêdo.

Todo rodado no Pará, o filme “O Sol do Meio Dia” (2007) com direção de Eliane Caffé - que será exibido hoje, às 20h30 - mostra um triângulo amoroso criado pelo acaso, histórias de pessoas comuns do interior da Amazônia e cenários que certamente o público reconhecerá.

Os atores Chico Diaz – que virá para a mostra –, Luiz Carlos Vasconcelos e Cláudia Assunção são os protagonistas da história de crises de pessoais e solidão.

Artur (Luiz Carlos) acabou de cometer um crime passional. Tentando fugir em busca de sua redenção, ele encontra Matuim (Chico Diaz), dono de embarcação. Pelos rios, eles seguem viagem rumo à Belém, quando encontram Ciara (Cláudia Assunção), que se une à eles para embarcar na viagem.

As filmagens foram feitas em 2006, em Belém e no interior do Estado, por sete semanas e meia. Eliane também é responsável pelo roteiro, ao lado do dramaturgo Luiz Alberto de Abreu. Mas foi somente após a edição e montagem, que o longa foi se revelando.

Com o título inicial de “Andar às Vozes”, por definir um pouco dos personagens que vagam em suas vozes interiores, a mudança do nome se deu por motivos comerciais e também pela própria condução da história.

O filme foi premiado este ano no Festival do Rio, na categoria de Melhor Ator para Chico Diaz e Luiz Carlos Vasconcelos.